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13 de outubro de 2025

A virada de chave da liderança estratégica

Chega um momento em que o franqueado precisa sair do balcão para pensar o negócio. Deixar de ser o executor principal e assumir o papel de líder estratégico é o ponto de virada para o crescimento. No Radar Franquias desta semana, mostramos como essa mudança de mentalidade — do fazer para o liderar — impulsionou o sucesso de multifranqueados como Leandra Bisi Priante, Luis Isoldi e Alexandra Borges. Vem ler! 🚀

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– PARA GESTÃO

Em operações de multifranquias, há um momento em que o franqueado percebe que não pode mais estar em todos os lugares — nem deve. É quando a mentalidade deixa de ser a de um gestor de loja e passa a ser a de um líder estratégico. Essa virada de chave não é apenas uma questão de tempo ou de crescimento: é uma mudança profunda na forma de pensar e conduzir o negócio.

Foi sobre essa transição o painel do Somos Multi “Do papel operacional para o líder estratégico”. A conversa, mediada por Adir Ribeiro, CEO da Praxis Business, reuniu três multifranqueados com trajetórias inspiradoras: Leandra Bisi Priante, Luis Isoldi e Alexandra Borges. Cada um deles mostrou, com experiências reais, o que acontece quando o franqueado sai do balcão e passa a pensar o negócio.

Delegar é o primeiro passo para crescer

Leandra Bisi Priante, que hoje comanda 12 unidades da 5àSec e 2 da Havanna, conta que o crescimento só veio quando ela parou de tentar fazer tudo sozinha.

“Consegui crescer quando comecei a delegar. Antes, era muito centralizadora. Quando passei para a terceira loja, criei um backoffice.”

Leandra aprendeu que o papel do líder estratégico é formar pessoas capazes de resolver problemas, não apenas executá-los. Isso exige confiança, paciência e a coragem de soltar o controle. “Certa vez pedi um relatório e expliquei direitinho como deveria ser feito. Na vez seguinte, sem tempo, não dei as diretrizes detalhadas, e recebi um relatório muito melhor. Percebi que estava limitando a capacidade do time. Hoje, deixo que façam e depois ajusto, se necessário.”

Saber o que não fazer é tão importante quanto saber o que fazer

Para Luis Isoldi, multifranqueado de marcas como Agaxtur, Pizza Hut, Omo Lavanderia e Buddha Spa, a virada de mentalidade veio quando ele percebeu que nem tudo precisa da sua intervenção direta.

“A dificuldade foi entender o que eu podia fazer e o que não deveria fazer. Quanto ganho a mais se fizer ou se não fizer?”, reflete.

Luis reforça que o papel do líder estratégico é criar sistemas e processos que funcionem sem depender dele — e que dar autonomia à equipe é o melhor investimento em crescimento sustentável.

Liderar com propósito é o que dá sentido à expansão

Já Alexandra Borges, multifranqueada das marcas Pão de Queijo, Café do Ponto e Café do Barão, acredita que a liderança estratégica nasce do propósito e da empatia com colaboradores e clientes (e também da franqueadora com o franqueado).

“Não vendemos café, proporcionamos experiência. Crescer exige que o líder saiba soltar, confiar e garantir que a operação funcione mesmo sem sua presença direta.”

Ela lembra que, no franchising, resultados vêm do equilíbrio entre números e pessoas. “Consultoria de campo [da franqueadora] que agrega é aquela que entende a realidade do franqueado, não apenas cobra processos.”

O que caracteriza um mindset estratégico no franchising

Adir Ribeiro resume o salto de mentalidade em três pilares:

  • Empoderamento da equipe: treinar, delegar e confiar.
  • Visão de longo prazo: pensar além da operação e enxergar o negócio como sistema.
  • Governança e cultura: criar padrões que sustentem o crescimento, mesmo com múltiplas unidades.

“Quem opera uma unidade tem um emprego; quem desenvolve líderes, tem um negócio”, resume Adir, parafraseando a especialista americana Aicha Bascaro, da American Franchise Academy.

No fim das contas, o líder estratégico é aquele que sai do balcão para pensar o negócio — e que entende que o verdadeiro crescimento começa quando ele deixa de ser o principal executor e passa a ser o principal desenvolvedor de pessoas.

Hábitos para adotar:

  • Delegue de verdade. Confie no time e permita que ele entregue soluções próprias — assim, você ganha tempo para pensar o negócio.
  • Defina o que não é mais seu papel. Liste tarefas que podem (e devem) ser feitas por outras pessoas.
  • Crie rituais de alinhamento. Reuniões semanais curtas ajudam a manter a equipe autônoma e conectada à estratégia.
  • Desenvolva líderes. Invista em treinar e empoderar pessoas para que cada unidade tenha sua própria liderança forte.

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Autor(a)

Editor CommUnit

Equipe de jornalistas e colaboradores internos da CommUnit

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