— PARA GESTÃO
A inteligência artificial chegou com força ao varejo e às franquias — mas, como provocou Tiago Pessoa de Mello, CEO do Banco Mercantil Market Place, “a IA não vai salvar uma estratégia ruim. Ela precisa fazer sentido dentro do negócio.”
E é exatamente aí que mora o ponto de virada.
A IA não é mágica, é ferramenta. E quem aprende a usá-la no dia a dia da operação descobre ganhos imediatos em eficiência, personalização e tempo — aquele bem precioso que falta a quase todo franqueado.
Segundo Tiago, negócios que adotam a hiperpersonalização com IA alcançam até 8 vezes mais retorno sobre investimento e 40% mais eficiência.
No varejo, os exemplos se multiplicam:
- Wendy’s já automatiza 86% dos pedidos no drive-thru;
- Ikea requalificou 8.500 colaboradores após treinar o chatbot Billie para resolver quase metade das consultas de clientes;
- LVMH/Sephora usa IA para apoiar vendedores com recomendações em tempo real, ampliando o cross-sell.
No franchising, a IA tem o potencial de liberar o gestor (e os funcionários) para pensar estrategicamente, enquanto o sistema cuida das tarefas repetitivas.
E onde estão as oportunidades para franqueados e franqueadores hoje?
- Criação de conteúdo em massa: descrições de produtos para cardápios e e-commerce, posts para redes sociais, roteiros de vídeos locais.
- Marketing local relevante: geração de anúncios e campanhas adaptadas para cada cidade ou bairro, mantendo a identidade da marca.
- Atendimento primário automatizado: chatbots que resolvem as 10-20 dúvidas mais comuns dos clientes, liberando a equipe da loja.
- Imagens e vídeos de baixo custo: criação de visuais para campanhas sazonais ou de oportunidade sem a necessidade de uma sessão de fotos profissional.
O próximo passo: o “gerente de loja copiloto”
Tiago apresentou uma visão que parece futurista, mas já é possível: a IA agêntica.
São agentes especializados que atuam dentro da operação.
Imagine receber um alerta:
“As vendas de açaí caíram 10% na última hora e a temperatura subiu. Sugiro um push de ‘açaí em dobro’. Aprova?”
É o tipo de ação automatizada — e inteligente — que ajuda o franqueado a agir com agilidade e dados, não com instinto.
No universo das franquias, o que a IA agêntica pode significar:
- O gerente de loja copiloto: um agente de IA que analisa dados em tempo real e sugere ações: “as vendas de sorvete caíram 10% na última hora e a temperatura subiu. Sugiro um push de ‘sorvete em dobro’. Aprova?”.
- O agente de compras: a IA monitora o estoque, prevê a demanda e negocia com fornecedores homologados para fazer os pedidos de reposição automaticamente.
- O agente de marketing autônomo: o franqueado define um objetivo (“aumentar o fluxo da loja em 20% na quarta-feira”) e um orçamento, e o agente de IA cria, executa e otimiza campanhas de mídia local.
- A experiência do cliente orquestrada: um agente que acompanha toda a jornada do cliente, da descoberta da marca ao pós-venda, garantindo uma experiência fluida e personalizada.
E o primeiro passo?
Padronizar dados. Sem informação de qualidade, não há IA que funcione.
A tecnologia só entrega valor quando o negócio tem processos organizados e objetivos claros.
Hábitos para adotar:
- Mapeie o que pode ser automatizado. Comece pelo atendimento e pelo marketing — são áreas com retorno rápido e baixo custo.
- Treine seu time. A IA não substitui pessoas; ela as potencializa. Capacite sua equipe para operar novas ferramentas.
- Teste, meça e ajuste. Avalie o que realmente gera ganho de tempo e impacto nas vendas.
- Mantenha o olhar estratégico. A tecnologia deve servir à estratégia — e não o contrário.
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